MAKOMA (2006) IN: HELLBOY. A FEITICEIRA TROLL — VOLUME 8 [QUADRINHO] (2017):

Sombrionauta
11 min readMay 30, 2023

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FERRO FICCIONAL AFRICANO.

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Eu tenho meus métodos de ver quem será tomado pelo Capitalismo. Basicamente os princípios dessa metodologia compreendem entender a relação que o indivíduo tem com ele mesmo, como seu cotidiano e finalmente com o mundo capitalista.

PORQUE O FATO DE SEPARAR OS TRÊS É O QUE IRÁ DECRETAR SUA SUBMISSÃO AO IRMÃO CAPITALISMO.

Isso porque no fundo essas subdivisões dos indivíduos são em verdade apenas abstrações organizativas para analisarmos determinados aspectos de nosso funcionamento como seres.

ASSIM COMO SEPARAR “CORPO”, “MENTE” E “ESPÍRITO”, TAMBÉM É INSTRUMENTAL TEÓRICO E NÃO REALIDADE CONCRETA.

Não tenho um “corpo”, tenho uma visão de mim que se pauta em minha realidade biológica, não tenho uma “mente”, pois é apenas um conjunta de parâmetros de funcionamento de meu cérebro para organizar meus movimento corporais, e não tenho um “espírito”, tenho sim, um conjunto de práticas culturais negociadas entre mim e a sociedade que restringem ou ampliam o que meu cérebro pode executar em termos de movimentos corporais, auxiliados ou não pela tecnologia que minha comunidade disponibiliza para mim.

Como essa tecnologia é sempre mutável, sempre o que sou também o é, mesmo que minha mente não perceba que minha biologia está executando novas ações, o que está impactando minha cultura e por sua vez retroalimentando minha memória de novas possibilidades de combinações comportamentais.

EM SUMA MINHAS LEMBRANÇAS DE MIM AFETAM O QUE CHAMO SEMPRE PROVISORIAMENTE DE “MIM”, ATÉ O PONTO EM QUE MINHA CAPACIDADE DE ACEITÁ-LAS SE TORNE PARTE DE UM NOVO “EU”, OU SEJA, O “EU” ANTIGO QUE TEM CONSCIÊNCIA MAIOR DE SI.

Sim, dialética é enlouquecedora. E aqui está o ponto: os que vão ceder ao Irmão Capitalismo são justamente aqueles que não aceitam que ele é uma consciência, uma ideologia, e que tendemos a nos tornar aquilo ao qual nos opomos.

LUTAR CONTRA O CAPITALISMO COM O TEMPO NOS TORNA CAPITALISTAS.

A única saída para derrota-lo é não se opor a ele, e sim, incluí-lo em nós sem esquecer que ele é apenas um dos aspectos desses “nós”. Nos negar a negá-lo. E sim, escolher superá-lo e, portanto, a nós mesmos.

Essa deliciosa narrativa de HELLBOY (1991) é um exercício de dialética africana superando a si mesma.

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O TERRITÓRIO DA FICÇÃO.

De modo geral a dialética procura entender como os choques e contradições que temos entre nós e nossa realidade acabam por se tornar nossa integridade de modo geral.

NÓS SOMOS TAMBÉM NOSSOS PROBLEMAS, PORQUE SE NÃO FOSSEM GERADOS A PARTIR DE NOSSA INTEGRIDADE, NÃO O SERIAM.

Claro que existem aqueles idealistas que partem do princípio que “eu sou o que sou e não o que aconteceu comigo”. Esses estão presos em uma crença espiritual que crê haver de fato espírito.

FEUERBACH (1804–1872) SERIA UM LEITURA QUE ELES COLOCARIAM NA CATEGORIA “NÃO SOU EU”.

Assim em verdade, nossas espírito, ou seja,nossas ficções, são também parte de nós, porque questionam nossa mente se podemos mobilizar nossa biologia para a transformação dessas em realidade concreta, ou seja, fatos.

Esse tipo de pensamento individualista de fato, o de se perceber como o real “eu” da palavra “deus”, é por demais cruel, e é preciso um alto grau de civilização ( sim, eu acredito nesse troço) para perceber que em verdade essa consciência humana simbólica e uma das formas de mediação entre os humanos e o que chamamos de “natureza”.

“Natureza” é tudo o que nós humanos não dominamos: todas as forças e objetos que não estão sobre nosso controle completo em verdade são apenas isso. A esse controle, essa dominação da natureza, chamamos de “ciência”. Por isso o alto grau de consciência científica é necessário para conseguir entender o ateísmo, ou seja, que estamos sós conosco mesmos.

MAS QUE TAMBÉM SOMOS SIMULTANEAMENTE UM COLETIVO DE SOLITÁRIOS: AO ASSUMIRMOS NOSSA SOLIDÃO COMO INDIVÍDUOS, NOS ACESSAMOS UNS AOS OUTROS.

Quem me ensinou as bases desse pensamento foi o meu primeiro grande professor na universidade (privada): ÉLVIO RODRIGUES MARTINS (?), terrível, dialético materialista, geógrafo

TERRÍVEL”, PORQUE A ORIGEM DESSA PALAVRA VEM DE “TERROR”, QUE PARECE TER A MESMA ORIGEM DA PALAVRA “TERRITÓRIO”. ADJETIVO APROPRIADO PARA UM GEÓGRAFO, A MEU VER.

Alguém terrível, é alguém ligado à terra, com os pés no chão. Um materialista. Não é que ele seja alguém desprovido da capacidade ficcional, apenas a vê como uma visão simbólica de um processo materialista, seja ele dialético ou não.

Todos os quadrinhos de HELLBOY, em verdade tentam realizar essa função de mostrar como as ficções de outros povos, ou seja, de outras geografias, que são horror para nós, são em verdade terror, ou seja, a ficção simbólica deles sobre a sua realidade concreta.

E APROVEITANDO, “HORROR”, É APENAS A PALAVRA QUE A HUMANIDADE USA QUANDO NÃO RECONHECE A SI MESMA PRATICANDO SEU TERROR.

AQUELE QUE É FILIAL DO MAL.

MIKE MIGNOLA (1960) é um roteirista brilhante que como dizem conseguiu em seu traço conjugar o “expressionismo alemão misturado com JACK KIRBY” (1917–1994). Uma boa síntese do trabalho gráfico e também argumentativo dele, pois, o EXPRESSIONISMO ALEMÃO (1914–1939) é uma reação a certo pensamento POSITIVISTA (XIX - XX), em que apenas os fatos sociais só poderiam ter uma única interpretação correta.

O FAMOSO “CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS”.

No entanto o EXPRESSIONISMO ALEMÃO defendia que existiam interpretações diferentes de uma mesma realidade, por afinal de contas, podemos estar todos em uma mesma situação simultaneamente, mas a hierarquia e organização de nossa participação varia de acordo com nossa formação dialética estética individual.

SENDO ASSIM ARGUMENTOS NÃO MUDAM FATOS, MAS MUDAM COMO SE INTERPRETA FATOS.

Todo o trabalho contra a noção de eurocentrismo das interpretações do mundo está localizada nesse entendimento, que as concepções universais são em verdade regionalismos aplicados de maneira autoritária sobre geografias as quais não foram levadas em conta nas suas elaborações.

RAÇA SUPERIOR É UMA DELAS. OU CAPACITISMO. ESCOLHA O “ISMO” QUE QUISER.

E também o trabalho desse californiano graduado naquela instituição particular a CALIFÓRNIA COLLEGE OF THE ARTS (1907) demonstra que ele aprendeu bem a profissão de ilustrador e storytelling para diversas mídias, além de ter entendido muito bem como desenho, com poucos traços, lembrando ilustrações românicas e góticas medievais coletivas, eram modelos muito bons do tipo de arte que os alemães modernos estavam querendo produzir individualmente.

Combine isso com uma ampliada tendência vinda de KIRBY, em usar mitos civilizacionais, só que abrangendo o de outras culturas que não as europeias, e você tem a fórmula para criar narrativas de HELLBOY.

APRENDE COMO SE FAZ, ROTEIRISTAS DE QUADRINHOS BRASILEIROS QUE QUEREM FALAR DE NOSSAS ORIGENS MÍTICAS, OU SEJA, PRÉ-PENSAMENTO OCIDENTAL CIENTÍFICO , MAS TEM PREGUIÇA EM ESTUDAR PENSAMENTO INDÍGENA.

Por isso temos essa estranha impressão, ou expressão a ler os quadrinhos desse personagem, ou quando assistimos aos filmes produzidos por GUILHERME DEL TORO (1964): ao mesmo tempo o nosso protagonista é mais um mensageiro daqueles mundos ou paragens que nos parecem exóticas, mas ele não é exatamente o que as faz atraentes à nossa leitura.

EM VERDADE ESTAMOS PERANTE NOSSAS PRÓPRIAS REALIDADES CONCRETAS, SOBREPOSTAS AS VISÕES DE NOSSO QUERIDO GAROTO INFERNAL, QUE TEM COMO NOME DE BATISMO “ANUNG UN RAMA”, ALGUMA COISA COMO “O QUE É UM RAMO”.

Há em HELLBOY, uma constante luta ideológica entre o pensamento ocidental mais europeu, e a aceitação de culturas diferentes, que constantemente se expressam em ele aceitar ou não suas origens infernais e da bruxaria em detrimento ao pensamento paternal civilizatório estadunidense concedida por seu pai adotivo TREVOR BRUTENHOLM (1994).

HELLBOY ESTÁ A TODO TEMPO LUTANDO CONTRA A SUA BIOLOGIA EM PROL DE SUA CONSCIÊNCIA IDEOLÓGICA ADQUIRIDA POR MEIO DE SEU PAI ADOTIVO CIENTISTA.

A RAIZ DA LEALDADE.

Acho que foi WEBER (1864–1920) que ao analisar o direito agrário na ROMA ANTIGA (753 A.E.C. — 476 D.E.C) que citou MAOMÉ (571–632), quando disse que “a servidão começa no arado”, ou seja, que o método de controle de uma população começa com seu regime alimentício, ou melhor, com seu modo de produção agrícola.

SOMO O QUE COMEMOS. E SABEMOS O QUE ESTAMOS COMENDO, NÃO?

Uma das melhores aplicações disso em HELLBOY, é quando o mestiço diabólico (assim como Merlin, nosso protagonista é filho de um demônio e de uma mulher mortal) vai provar pela primeira vez uma comida terrível: panquecas americanas.

Essa história de 1999 mostra que ele a princípio não queria, coisa de criança que diz não gosta de algo sem provar, mas assim que as prova, passa a adorá-las em sentido quase religioso.

TODO O INFERNO ENTRA EM COMOÇÃO, QUANDO ISSO ACONTECE, PORQUE PERCEBEM QUE ELE AGORA ESTA LIGADO AO MUNDO HUMANO PELO PRAZER CONCRETO E NÃO MAIS POR SOMENTE IDEOLOGIA APRENDIDA DE MANEIRA ESCOLAR.

Dali para frente todo o mundo de HELLBOY parece se organizar em referência a ele resistir aos seres como ele. E como disse um desses seres, “se encharcar de seu sangue”: realmente o mestiço vem a assassinar ou a prender todos os seres que dele se assemelham.

O NOME CAPITÃO DO MATO FICA BEM ATRAENTE AQUI.

Ainda mais se pensarmos em outros personagens vistos como desviantes e que caçam outros de sua espécie como BISHOP (1991) dos X-MEN. Esse modelo parece ser uma mistura de sistemas de caçada de negros com os do APARTHEID (1948–1994) da África do Sul, onde o ex-terrorista NELSON MANDELA (1918–2013) foi posteriormente eleito.

Tal postura é que tornou viável em termos comerciais o personagem, pois ao contrário do plebeu JOHN CONSTANTINE (1985 ) ele no fundo está do lado das forças do status quo do governo americano, o pais financiador da organização para qual trabalha o Bureau de Pesquisa e Defesa Paranormal (B.P.D.P., 1994)).

PARECE QUE TODO O SUPER-HERÓI ESTADUNIDENSE TEM COMO SEU PAPEL CAÇAR SEUS SEMELHANTES. EMBORA ISSO TAMBÉM FOSSE VERDADE LÁ NA ÁFRICA DO SUL .

Assim somo apresentados aos mundos exóticos e quase alienígenas de suas histórias, que muitas vezes são povoados por criaturas míticas de outras crenças, via de regra iradas com algum acontecimento, e por vezes injustiçadas pela lógica dos humanos, e que mesmo assim serão abatidas pela criança infernal que recusa ser ANUNG UN RAMA.

Muitas vezes esses mundos paralelos se encontram e um dos atrativos dessas histórias em quadrinhos, ao contrário dos da maioria de seus filmes, é que as pessoas normais convivem bem como esses seres fantásticos, e como o próprio HELLBOY.

Tem sentido.

NÓS VIA DE REGRA, APESAR DE NOSSO RACIONALISMO, CONVIVEMOS BEM COM AS CRENÇAS POPULARES DE NOSSOS SEMELHANTES, OU ANCESTRAIS, ATÉ O MOMENTO EM QUE ELAS VEM A NOS ATRAPALHAR OBJETIVAMENTE: PERGUNTE À IGREJA CATÓLICA (380)

O PODER DO RAÇA DE FERRO.

Nessa narrativa em particular, HELLBOY está em um coquetel do CLUBE DE EXPLORADORES DE NOVA YORK (1929) por volta de 1993. Ali ele ouve o relato do Professor Doutor Ali T. Konkman de uma de suas visitas ao continente Africano e como lá conseguiu resgatar, ou seja, roubar, uma série de relíquias, inclusive uma múmia.

Ao encarar esse cadáver, nosso garoto infernal tem uma visão e passa por um ritual em que ele mesmo vem a se tornar o personagem de uma das grandes narrativas religiosas do Zimbábue e Zâmbia: MAKOMA, O MAIORAL (difícil saber quando ela surgiu, mas sabemos que é tão ou mais velho quanto a mitologia grega clássica)

Nela aparece um garoto africano, que já nasce detentor de enorme sabedoria e que irá livrar seu povo de um grande mal.

SE VOCÊ PENSOU EM BUDA (563 A.E.C — 483 A.E.C.) OU EM JESUS CRISTO (0–33 D.E.C.), PERCEBEU QUE ELES SÃO APENAS MAIS UMA VERSÃO DESSE TIPO DE CRENÇA.

O menino então pede para que sua mãe o jogue em um fosso de crocodilos, coisa que ela protesta, mas acaba atendendo. Depois de um dia e uma noite, o jovem sai, crescido e portador de um martelo de ferro e toma para si a alcunha de MAKOMA “AQUELE QUE É DESPROVIDO DE MEDO”.

Logo parte para averiguar que perigos ameaçam a seu povo.

Duas observações: como disse anteriormente, os rituais dos antigos não tinham a função de resgatar o passado e sim de estabelecer um determinado presente. Assim HELLBOY, ao encarnar na narrativa MAKOMA, vive a narrativa à sua própria maneira, como um ator que interpreta um texto teatral, seguindo um determinado roteiro, mas levando em conta suas próprias concepções de mundo.

Segundo, esse é um mito africano civilizatório: a metalurgia do ferro em África Ocidental, veio a influenciar em larga escala suas relações sociais, de tal modo que ela faz parte de um dos aspectos da composição dos princípios dos homens africanos, a saber: o griot, o príncipe, o caçador e finalmente, o ferreiro.

NA PRODUÇÃO, HELLBOY CUMPRE ESSES QUATRO PRINCÍPIOS DURANTE SUA BUSCA-POSSESSÃO NA NARRATIVA DE MAKOMA.

Então nosso herói vem a enfrentar e domar os gigantes que compõe a simbologia dos meios de produção (natureza) africanos. Ele os vence e acaba por incorporar para si seus poderes e forças, adquirindo a cada luta cada vez mais potência.

DIALÉTICA MATERIALISTA HISTÓRICA AFRICANA APLICADA EM UM PENSAMENTO RELIGIOSO SIMBÓLICO: HELLBOY-MAKOMA VAI SE TORNANDO TAMBÉM SEUS INIMIGOS, À MEDIDA QUE OS ENFRENTA.

Até o ponto em que cada vez mais ele caminha pela África, durante anos, décadas, talvez séculos, cada vez mais forte e cada vez mais impondo o poder de seu martelo de ferro.

Chegando finalmente o momento em que ele finalmente encontra o maior de todos os gigantes Sakatirina. Pelo menos é isso que aparece na narrativa a qual o MIGNOLA se baseou feito pelo folclorista escocês ANDREW LANG (1844–1912).

NO QUADRINHO TEM UMA LEVE DIFERENÇA, ADAPTADA À PRÓPRIA MITOLOGIA DE HELLBOY. NÃO VOU DAR SPOILER.

No fim, MAKOMA, não deve vencer Sakatirina, que parece representar a natureza como um todo: eles estão se alimentando um do outro, ao ponto quem o gigante for derrotado, MAKOMA terá que assumir seu lugar.

E NÃO É ISSO QUE ESSE FERREIRO DESEJA E NEM MESMO PRECISA.

Pois o pensamento civilizatório africano, assim como o comunista mais clássico, não está preocupado com a natureza em termos de dominá-la ou superexplorá-la, como o Irmão-Capitalismo, e sim, em manter certo equilíbrio pragmático: destruir a natureza completamente, por ganância, irá inevitavelmente destruir a própria civilização.

Finalmente MAKOMA pode terminar sua narrativa civilizatória de uma maneira bem africana: ele e seu inimigo-aliado-alimento natureza podem finalmente ser um só.

POIS NATUREZA, TECNOLOGIA E CIVILIZAÇÃO, ASSIM COMO CORPO, MENTE E ESPÍRITO SÃO APENAS DIVISÕES ABSTRATAS DE UM MESMO TODO.

POST SCRIPTUM

Eu acho uma perda de tempo esse negócio de primitivismo. Se tem uma coisa que esse pessoal que defende abandonar a tecnologia não leva em conta, é que justamente os povos antigos que eles idolatram, nunca quiseram permanecer estáticos em seu desenvolvimento científico.

Tais pessoas estão mais interessadas em mascarar seu plano podre de manter a tecnologia travada em um nível que as relações sociais de poder que lhes conferem hegemonia venham a se manter estáveis.

SÃO UNS COVARDES QUE QUEREM MANTER OS PARÂMETROS DE DISPUTA DE CLASSES NO ESTÁGIO ONDE ESTÃO VENCENDO.

Por tudo isso, desprezo gente de direita, e de esquerda, que defende essa volta ridícula ao pensamento ancestral, tentando mimetiza-lo, pois o mesmo não estaria nem um pouco interessado em se manter em seu estado mais inicial.

EMBORA RESGATAR PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DE POVOS DOMINADOS SEJA ESSENCIAL, TAL QUAL FOI FEITO DURANTE A REVOLUÇÃO MEXICANA (1910–1917).

Mas isso não é resgate, é apenas atualização da ciência com a geografia adequada.

O PRINCÍPIO QUE É MAIS TEMIDO PELO IRMÃO-CAPITALISMO EM SUA MANUTENÇÃO DO RACISMO.

Se apreciou, 50 palmas serão bem vindas e agradecidas.

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Sombrionauta

Arcano Oliveira (André Moreira Oliveira) Historiador da cultura especializado em cultura pop. Podcaster do O Sombrionauta (um tanto lógico isso).