O Negro na cultura pop — um olhar histórico.

Sombrionauta
14 min readJul 31, 2020

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Tema/Título: O Negro na cultura pop — um olhar histórico.

Palestrante — André Moreira de Oliveira

Historiador, Roteirista (Documentário Hip-Hop e Mercado: o RAP) e Podcaster (Górgona Podcast)

Mestre em História Social: Meios de Comunicação de Massa.

Professor da rede Estadual de Ensino de São Paulo

“Primus in orbe deos fecit timor (que criou os deuses foi, antes de tudo, o medo) ”.

Máxima Grega

“Os sinos do inferno fazem ting-ling-ling para você, mas não para mim”.

Do filme Deuses e monstros.

O negro na cultura pop está fortemente ligado ao pensamento que a cultura ocidental tem dele.

Já o cinema, essa indústria cultural ocidental, é orientada pelo seu público notadamente pagante.

Mas essa visão simplista não corresponde totalmente à realidade.

A produção Hollywoodiana de cinema (duramente criticada na música “Burn Hollywood Burn” do Public Enemy em 1990) e seus sistemas de entretenimento são fortemente comprometidos ideologicamente, inclusive com a visão de manter população negra estadunidense sobre controle. Isso explica muito da história do cinema e da cultura pop: um dos primeiros filmes produzidos nos E.U.A. foi justamente O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (em inglês: THE BIRTH OF A NATION) 1915 coescrito, coproduzido e dirigido por D. W. Griffith, onde a Ku Klux Klan (organização racista fundada em 1865) tem o papel destacado como salvadores dos estadunidenses, perante a ameaça dos negros, interpretados por atores brancos com os rostos pintados (Black Face). Nessa produção os negros são apresentados como irracionais e sexualmente agressivos em relação às mulheres brancas.

Quase como monstros não-humanos.

O autor de quadrinhos Alan Moore (SASAKI,2017) coloca que o gênero de super-heróis, atualmente em alta no mercado cinematográfico, se originou nessa produção.Sim, os primeiros super-heróis de um filme pop eram racistas e seus inimigos eram os negros.

Mas caso se procure por isso, os algoritmos vão lançar os incautos para a série televisiva WACHTMEN (2019).

Então o primeiro ponto é que uma procura superficial na internet da relação entre “racismo” e “cinema” não irá aparecer de maneira explícita, ou melhor, irá aparecer o que a indústria pop considera que é racismo no cinema.

Uma ficção.

Porém podemos tirar duas outras coisas dessa primeira parte: que o cinema estadunidense começou falando sobre ficção científica distópica de terror onde os negros são vilões, ou antagonistas que etimologicamente significa “aquele contra o agon”.

“Agon”, palavra grega que designa jogo, lei e sofrimento (HUIZINGA,1971).

Sendo assim vamos falar um pouco disso.

As produções que vamos discutir tem relação com horror (medo de que uma força superior lhe imponha uma escolha moral), terror (medo que um ente humano lhe imponha uma escolha moral), ficção científica (que é basicamente uma romantização da projeção de teorias científicas na realidade concreta) e a difusão da cultura pop (sistemas de distribuição de cultura que englobam filmes, música, histórias em quadrinhos)

E finalmente dos negros homens (mão-de-obra escravizada, principalmente preta — de origem africana — mas não só ela).

Os negros aparecem predominantemente no horror como atacantes da cultura branca hegemônica: são apresentados como detentores de poderes místicos e da capacidade inata de desfazer a ordem social.

São os adversários do ‘homem branco” por excelência. Convém lembrar que a palavra “adversário” em hebraico significa “Satã” (KELLY; MARQUES,2008)

Mesmo quando os negros não aparecem corporalmente são apresentados por meio de sua música, ou comportamentos tidos associados ao estereótipo que se tem deles.

Um filme que mostra esse tipo de capacidade rebelde é o famoso CORAÇÃO SATÂNICO/ ANGEL’S HEART (1987), dirigido por Alan Parker. A trama desse filme é que o diabo leva um homem a uma jornada de rememoração e por fim de condenação de sua alma. O ponto alto desse filme é quando o Lúcifer diz uma frase de autoria do oráculo cego grego Tirésias “do que vale a sabedoria, se não acrescenta nada ao sábio”?

A trilha sonora desse filme é o jazz e as músicas de origem ioruba e critica os chamados negros de alma branca que tentam esconder suas origens negras.

Essa noção que o negro é a memória de um passado terrível, o passado norte-americano, aparece no filme CANDYMAN (1992) onde em um bairro é aterrorizado por uma lenda urbana chamada Candyman (Homem-doce), um espírito da vingança que ao ser invocado elimina o invocador.

Essa invocação consiste em dizer o nome “Candyman” 5 vezes.

Candyman (Tony Todd) era um filho de escravo, e artista culto executado naquele barro, durante a escravidão norte-americana: ele teve sua mão decepada e seu corpo coberto de mel para que as abelhas o picassem. No lugar de sua mão é colocado um gancho. A comunidade daquele local se reúne para seu massacre e punição devido a seu terrível crime: ter se apaixonado por uma mulher branca.

Aqui duas coisas merecem destaque: Candyman e seu mito foram descobertos pela antropóloga Virginia Madsen (Helen Lyle). No final do filme, após sua morte de Madsen, ela passa a se tornar o novo Candyman (ou melhor Candywoman?)

Como se as mulheres (brancas e liberais) tivessem tanto ódio quanto um homem negro (CULTO) tem.

Nesse sentido é interessante como esse filme foi inspirado no romance “The Forbiden”, que consta na coletânea de contos Books of Blood (1984–1985) do autor Clive Baker, criador da obra Hellbound Heart (1986), base para a série de filmes Hellraiser(1987–2018). Baker, crítico feroz da religião, gay e branco escreve os horrores que estão nas entranhas da sociedade norte-americana.

Um outro escritor apelidado pejorativamente de “Mouro” diria que essas “entranhas” são sua infraestrutura econômica e que os filmes que vemos seriam a sublimação dos sentimentos causados por essa infraestrutura, a cultura, que ele chamaria de superestrutura.

Assim aparece uma interessante interação entre dois medos estadunidenses: o medo do negro e o medo da mulher, notadamente branca e estudada que pode despertar a ira e a força dos negros.

Um medo que vimos existir desde O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (1915).

Outro filme que tem uma relação semelhante é o terror-sci-fi ENIGMA DO HORIZONTE/ EVENT HORIZON (1997). Num futuro não muito distante (2047) uma nave espacial a Event Horizon desaparecida desde o ano de 2040, reaparece. Para realizar o resgate é destacada a nave Lewis and Clark comandada pelo Capitão Miller (Laurence Fishburne), um negro. Além da tripulação do Capitão Miller temos o projetista da nave, o cientista tomado pela culpa Dr. William Weir (Sam Neill).

Aqui temos algumas permanências e algumas mudanças: o antagonista/vilão é o Dr. William Weir e o protagonista é Miller. A nave Event Horizon, funcionava com um motor de dobra espacial que abria um buraco negro, por meio da distorção da gravidade. Essa distorção fazia a nave se teleportar, porém a dimensão a qual a nave atravessa, entre o ponto de entrada e o de entrada, é o inferno.

O Dr. Weir toma consciência disso, mas não liga, como ele mesmo diz em dado momento quando percebe a capacidade de transporte infernal da nave: “Eu estou em meu lar”. A tripulação é esmagada por todas as suas culpas. Um destaque é que a linguagem que a nave usa é o latim, língua por excelência da intelectualidade europeia. A própria nave foi projetada com base na arquitetura da Catedral de Notre Dame (SYBILLA,2017).

O filme parece fazer esse combate entre a Intelectualidade Europeia (francesa/fisiocrática/capitalista) contra a habilidade de Miller. Como ponto alto, Miller se dedica a salvar os três membros restantes de sua tripulação com especial dedicação a Tenente Starck (Joely Richardson), uma mulher branca e loira.

Apesar de Miller e Starck não terem um caso amoroso, a narrativa do homem negro que tem sua força a partir de uma mulher branca se mantém.

Destaque: tal qual CANDYMAN, o homem negro morre no final. Aliás essa é uma estética dos filmes de horror/terror, por isso nem chega a ser um spoiler. Segundo destaque é a homenagem que este filme faz à franquia HELLRAISER (1987–2018).

Esse medo de que a mulher branca seja transmissora e base dos negros e sua cultura e revisitado no filme A CHAVE MESTRA/ THE SKELETON KEY (2005). Nesse filme uma enfermeira, Caroline Ellis (Kate Hudson), é contratada por Luke (Peter Sarsgaard) para cuidar de um homem combalido Ben (Joh Hurt), sendo assistido por sua esposa, a agressiva Violet Devereaux (Gena Rowlands). A questão ali merece uma discussão memorável sobre cultura negra religiosa.

Em verdade Luke e Violet Devereaux são sacerdotes das religiões ioruba (conhecido pejorativamente como “vodu”) que estão passando de corpo em corpo no decorrer de gerações. Para tanto eles usam um instrumento terrível de transição: tocar um disco que continha um ritual de possessão.

A música negra sempre foi vista como perigosa para o pensamento branco (pensamento capitalista), pois ela se mostrou uma indústria muito eficiente, tendo potencial para combater a indústria cinematográfica. O jazz, trilha sonora de CORAÇÃO SATÂNICO (1987) faz parte dessa ascensão da música a negra que culmina com a explosão do RAP nas décadas de 1980 e 1990.

Então nada mais interessante do que a narrativa desse filme apresentar uma mulher branca enfermeira ser contaminada com o medo dos negros por meio de um disco que faz uma reza ioruba. A chamada do filme no Brasil deixa claro o acontecimento “Temer é acreditar”. Quando finalmente Caroline Ellis crê na cultura/religião/tecnologia negra ela é tomada pelo espírito de uma negra.

E isso se dá quando ela se olha em um espelho e vê refletido a imagem de uma negra.

Esse processo de possessão pela imagem é que gregos chamariam isso de “Imago” (BRANDÃO,2016). Os iorubas têm um processo semelhante de possessão pelo som chamado de “cavalo” (DIAS,2020).

O “Mouro” e seu “anjo da guarda” chamariam isso de consciência de classe.

Então essas fórmulas narrativas parecem se repetir constantemente demonstrando um medo muito grande no imaginário cinematográfico americano, em que suas mulheres seriam tomadas pelos negros homens e tornadas mulheres negras.

Esse medo ocidental é mais velho do que acreditamos. Podemos rastreá-lo desde o mundo antigo.

Convém lembrar uma passagem do historiador Pedro Paulo Funari (FUNARI,2001,27) em que se relembra que em “Atenas eram considerados cidadãos apenas os homens adultos (com mais de 18 anos de idade) nascidos de pai e mãe atenienses”. A gestação de um cidadão se dá pela biologia.

Isso nem sempre era regra como demonstra outra historiadora Catherine de Salles em sua obra Nos submundos da Antiguidade (1982). Ali, por meio da análise documental de processo legal feito contra uma ex-prostituta grega Neera se faz todo o sistema de prostituição da do mundo antigo, sobretudo ocidental.

O objeto da discussão processual é o debate se os filhos de Neera merecem a cidadania grega.

Convém deixar claro que ali vemos como grande parte da democracia Ateniense dependia das “mulheres das casas públicas” ou “vendidas”, termo que em grego se chama “porné” (SALLES,1982, p 21).

Isso explica porque as lutas contra o racismo e a anti-pornografia se entrelaçam.

O “anjo da guarda” do “Mouro” escreveu em uma de suas obras que não haveria uma revolução social sem uma revolução sexual, ou seja, de se repensar o papel econômico das divisões sexuais no pensamento econômico (ENGELS,1997).

Nos filmes que vimos a tônica parece ser um medo do contato dos homens negros com as mulheres brancas. Talvez um medo da mestiçagem e do final de “uma raça pura “ de estadunidenses, caso sejam tomados pelos estrangeiros, tal qual o medo citado pelo orador político Apolodoro contra Neera (DA SILVA,2015)

Há certo sentido nesse medo: quando finalmente os negros e seus descendentes acessaram os meios de produção cinematográficos puderam rever esse tipo de linha argumentativa sobre os negros e as mulheres brancas.

Foi o que Jordan Peele fez em seu filme CORRA! / GET OUT! em 2017. Nesse fantástico filme é revertida a lógica dos outros três que discutimos ao longo dessa apresentação; Chris Washington (Daniel Kaluuya) jovem fotógrafo negro vai para o interior do E.U.A conhecer os pais de sua namorada branca Rose Armitage (Allison Williams). De repente ele se vê numa armadilha, onde por meio de uma hipnose para lhe tirar o vício de fumar, a mãe de Rose, Missy Armitage (Catherine Keener) toma o livre-arbítrio de Washington. O detalhe do jovem fotógrafo negro sofrer a tomada de sua vontade se dando por meio da TV é um detalhe deliciosamente perverso.

O plano é tomar e vender o corpo e a capacidade cultural do jovem negro em um leilão, que terá sua mente castrada em favor do seu possível comprador, Jim Hudson (Stephen Root). Quem realiza o procedimento médico para tanto é o pai de Rose Armitage, Dean Armitage (Bradley Whitford).

Assim esse homens e mulheres brancos por meio de seu “amor/sexualidade”, “caridade”, seus meios de comunicação e sua medicina tomam a visão cultural dos negros.

Esses “White Saviors” em verdade são tão racistas quanto qualquer uma da Kul Klux Khan . Com a diferença que agora querem tomar até a cultura única dos negros. Esse tipo de pessoa que votou no Presidente Obama em suas duas eleições (2008 e na de 2012)

Jordan Peele, diretor e roteirista de CORRA! (2017), além de nerd terrível, parece ter entendido bem essas linhas de pensamentos nos filmes de Horror/Terror e Sci-fi em que negros aparecem. Tanto que vemos nosso Chris Washington conseguir se libertar por meio de uma tecnologia de fotografia[1] de um Smartphone. A tecnologia que os negros usam para escapar/filmar as agressões contra eles.

Peele chegou a fazer um episódio sobre a importância da fotografia para os negros, sobretudo as mães, em sua versão do ALÉM DA IMAGINAÇÃO/THE TWILIGHT ZONE (2019) Replay (1X03).

Consciente da necessidade da mulher negra em discutir seu papel na sociedade, esse diretor lançou o terrível horror weberiano Nós/Us (2019). Não teve tanto impacto quanto CORRA! (2017), talvez porque ainda não consigamos pensar a mulher negra como uma pessoa. Mas é um primeiro passo.

Linha de tempo dos filmes em ordem de lançamento anual.

Um fechamento necessário aqui:

Esse medo apresentado por Griffith é fundamentado em causas reais: a tecnologia cinematográfica que ele usa, inclusive planos aéreos, é tirada da guerra de secessão americana (1861–1865), onde o norte industrial esmagou o sul agrícola (VIRILIO,2005). A grande discussão ali seria a Reconstrução dos Estados Unidos (MIRANDA,2015), também conhecida com sua refundação.

E que passava pela libertação dos negros e a adoção trabalho assalariado.

Assim os negros não são filhos dos deuses africanos, mas sim da pólvora (guerra pela libertação), do aço (que foi usado em larga escala nas ferrovias que puderam viabilizar a derrota do Sul pelo Norte) e irmãos da eletricidade (do progresso criado pela iluminação das cidades ocasionado pela expansão da rede de iluminação graças ao conflito entre Pennsylvania Railroad e a Standard Oil Company, que vai levar subsequentemente a disputa entre Edison e Tesla).

O “Mouro” e seu “anjo da guarda” escreveram que a Guerra da Secessão (1861–1865) levaria a mudança no mundo. Escreveram para o New York Times durante toda o período do conflito.

E finalmente os negros conseguiram, por meio dos próprios racistas, manter sua memória até o momento que surgem finalmente negros que possam discutir essa memória.Em última análise, ao manter o medo dos negros, se manteve a memória do que se temia, sua materialidade, sua história.

Pobres racistas, meros cavalos da história/memória dos negros.

Uma última explicação: o termo “mouro” era como se referiam a gente de pele escura antes da escravidão negra perpetrada pelo capitalismo. “Mourejar” era um termo para falar pejorativamente de trabalho braçal, feito por escravos negros (OLIVEN,1984).

“Mouro” era também um apelido pejorativo na Alemanha do século XIX, dado a um jovem alemão devido a seus cabelos encaracolados e sua pele morena (LOPES,2020). Ele também gostava de fumar e beber. De origem burguesa, ele cai com o tempo em miséria.

E esse jovem passa a entender o que de fato um negro sente economicamente, mas com a tecnologia, ou melhor, os meios de produção para escrever sobre isso para a classe trabalhadora.

Um jovem chamado Karl Marx.

BRANDÃO, Jack. Eikón, eidolon, imago. Imagem: étimo e emprego dissuasório. Revista Lumen et Virtus, v. 7, n. 16, 2016.

DA SILVA, Janaino Ferreira. Cidadãos E Não Cidadãos Na Atenas No Período Clássico: O Processo Contra Neera. UERJ-UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, p. 7, 2015.

GINZBURG, Carlo. Medo, reverência, terror: quatro ensaios de iconografia política. Editora Companhia das Letras, 2014.

DIAS, Joao Ferreira. O Cavalo na cultura Yorùba e no Candomblé, Isntituto Ixéxé para o estudo do culto dos Orixá e Vodun. 2020. Disponível em :<https://instituto-ixexe.org/17/> Acesso em: 23 jul. 2020.

DOS SANTOS, Renata de Paula. Fotografia e escravidão: a segunda metade do século XIX contada por imagens. Discursos Fotográficos, v. 8, n. 13, p. 247–252, 2012.

ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. Contexto, 2001.

HUIZINGA, J. Homo Ludens — 1938. Tradução de J. P. Monteiro. São Paulo, Perspectiva, 1971.

KELLY, Henry Ansgar; MARQUES, RENATO. Satã-Uma Biografia. Globo Livros, 2008.

LOPES, Reinaldo José. O pai do marxismo: há 202 anos, nascia Karl Marx, Aventuras na História. 2020. Disponível em :<https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/personagem/historia-biografia-karl-marx-marxismo.phtml> Acesso em: 23 jul. 2020.

MIRANDA, Clícea Maria. Repercussões da Guerra Civil Americana no Debate Político sobre a Abolição no Brasil, 1861–1888. Texto apresentado, n. 7o, 2015.

NOLAN , L.D.. Alan Moore: Argument Can Be Made ‘Birth of a Nation’ is First Superhero Film, CBR NEWS. 2019. Disponível em :<https://www.cbr.com/alan-moore-birth-nation-first-superhero-film/> Acesso em: 22 jul. 2020.

OLIVEN, Ruben George. A malandragem na música popular brasileira. Latin American Music Review, p. 66–96, 1984.

SALLES, Catherine. Nos submundos da Antiguidade. Brasiliense, 1987.

SASAKI , Raphael. Alan Moore lança romance colossal em que passado e futuro são um só, Folha de São Paulo. 2017. Disponível em :<https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/01/1845940-alan-moore-lanca-romance-colossal-em-que-passado-e-futuro-sao-um-so.shtml> Acesso em: 22 jul. 2020.

SYBILLA , Lady. 10 coisas que você não sabia sobre O Enigma do Horizonte, Momentum Saga. 2017. Disponível em :<https://www.momentumsaga.com/2017/06/dez-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-enigma-do-horizonte.html> Acesso em: 22 jul. 2020.

VIRILIO, Paul. Guerra e cinema: logística da percepção. Boitempo, 2005.

[1] “A pesquisadora [Sandra Koutsoukos] destaca que uma fotografia bem composta, no caso dos negros recém-libertos, poderia funcionar como um passaporte para a nova condição social em que o sujeito se enquadrava. Dessa forma, o negro livre deveria parecer livre em sua representação. Outra prática bastante comum neste período era caracterizar o ex-escravo no exercício de alguma função (como barbeiro ou cozinheiro). Desta forma, o indivíduo declarava-se livre e apto para o trabalho” (DOS SANTOS,2012, p 5).

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Arcano Oliveira (André Moreira Oliveira) Historiador da cultura especializado em cultura pop. Podcaster do O Sombrionauta (um tanto lógico isso).